VoyForums
[ Show ]
Support VoyForums
[ Shrink ]
VoyForums Announcement: Programming and providing support for this service has been a labor of love since 1997. We are one of the few services online who values our users' privacy, and have never sold your information. We have even fought hard to defend your privacy in legal cases; however, we've done it with almost no financial support -- paying out of pocket to continue providing the service. Due to the issues imposed on us by advertisers, we also stopped hosting most ads on the forums many years ago. We hope you appreciate our efforts.

Show your support by donating any amount. (Note: We are still technically a for-profit company, so your contribution is not tax-deductible.) PayPal Acct: Feedback:

Donate to VoyForums (PayPal):

Login ] [ Contact Forum Admin ] [ Main index ] [ Post a new message ] [ Search | Check update time | Archives: 12 ]


[ Next Thread | Previous Thread | Next Message | Previous Message ]

Date Posted: 12:56:00 11/15/04 Mon
Author: Nair Prata
Subject: Resumo-13ª semana

TANNEN, Deborah. Gender and Discourse. New York, Oxford: Oxford University Press, 1994, p. 53-83.
============
Neste segundo capítulo Deborah Tannen (1994) discute a interrupção numa interação, continuando o enfoque nos gêneros. A autora inicia o texto contando uma engraçada piada de um casal que iria se divorciar. O juiz pergunta à mulher porque ela queria se separar do marido e ela responde que ele não falava com ela há dois anos. O juiz questiona então o marido porque ele não conversa com a esposa há dois anos. Ele responde: “Eu não quis interrompê-la.” Segundo a autora, a piada reflete o estereótipo das mulheres que falam muito e interrompem os homens. O texto revela, ainda que os homens interrompem mais as mulheres do que as mulheres interrompem os homens. A interrupção é, assim, um exercício de controle social e de dominância. Tannen (1994) explica que esta pesquisa tem sido questionada no campo metodológico, pode ser questionada no campo sociolingüístico e deve ser questionada no campo ético, como suporte do estereótipo do grupo de pessoas com base no estilo de conversação deles. A autora examina cada um destas objeções em torno disso, justapondo a pesquisa que objetivou os achados do homem que interrompe a mulher com as suas próprias e outras pesquisas.
O capítulo é dividido em sete tópicos, mais a conclusão.
1. Males interrupt females: the research
Vários autores se ocupam de pesquisas nesta área e Tannen (1994) discorre sobre seus trabalhos como Zimmerman, Eakins, Esposito, Gleason, Greif, McMillan, Clifton, McGrath, Gale, etc.

2. Interruption as dominance
A interrupção é um exercício de poder para exercer controle sobre a conversação, através da violação do direito do falante atual. O silêncio pode ser configurado como uma dessas estratégias de dominação.

3. Methodological objection
Como saber quando acontece a sobreposição e quando acontece a interrupção? Este é o ponto-chave de discussão deste tópico. Tannen (1994) explica que é preciso um estudo aprofundado do contexto para se chegar a uma resposta. Um exemplo são as interrupções mecânicas em alguns casos específicos, que não podem ser entendidas como uma tentativa de tomar o turno efetivamente.

4. Sociolinguistic objection
Também citando vários pesquisadores, Tannen (1994) entende que as interações se dão de forma conjunta, isto é, um interactante fala e o outro deve parar. Assim, se o primeiro falante não parar, não há interrupção. Desta forma, a interrupção não pode ser entendida como um ato de apenas uma das partes. A interrupção é um signo de dominação e, numa interação, duas vertentes podem ser destacadas:
1. Há uma luta pelo domínio
2. Há uma forma de combinação onde cada interactante fala a cada vez.

5. Cultural variation
Tannen (1994) explica que, enquanto os interactantes têm diferentes hábitos nas interrupções dos turnos, com polidez e atitudes com os discursos simultâneos, interrupções não-pretendidas são inevitáveis, porque o falante espera a percepção de uma pequena pausa e sente um desconfortável silêncio quando aguarda um sinal de retorno. Este irritante fenômeno tem conseqüências, porque o uso desta estratégia lingüistica é culturalmente variável. A autora cita como exemplos falantes americanos e europeus.

6. Ethical objection: stereotyping and conversational style
Quando pessoas de diferentes culturas têm estilos conversacionais diferentes, isto pode ser a base do estereótipo negativo. Tannen (1994) cita como exemplo a questão do anti-semitismo. Segundo a autora, a comparação entre as diferenças culturais e étnicas é que pode provocar o surgimento do estereótipo negativo.

7. Gender, ethnicity and conversational style
A justaposição destas duas linhas de investigação – o gênero e a interrupção de um lado e a etnia e o estilo conversacional de outro, colocam-se como um dilema preocupante. As pesquisas sobre gênero e interrupção têm paralelos sociolingüísticos, mas têm contrastes políticos. Embora não a maioria, mulheres estão em desvantagem social e cultural. Esta transformação tem conseqüências políticas ao responsabilizar um grupo por dominar o outro.

Conclusão
Tannen (1994) conclui o capítulo reforçando o que foi dito ao longo do texto: os estereótipos negativos podem ser reforçados entre grupos formados por mulheres ou de certas etnias quando é aplicado o pressuposto de que a interrupção significa dominação e poder.

[ Next Thread | Previous Thread | Next Message | Previous Message ]

Post a message:
This forum requires an account to post.
[ Create Account ]
[ Login ]
[ Contact Forum Admin ]


Forum timezone: GMT-8
VF Version: 3.00b, ConfDB:
Before posting please read our privacy policy.
VoyForums(tm) is a Free Service from Voyager Info-Systems.
Copyright © 1998-2019 Voyager Info-Systems. All Rights Reserved.