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Date Posted: 15:05:10 11/22/04 Mon
Author: Andrea Cristina Pereira
Subject: Resumo14

Higiene Verbal para Mulheres: Desaplicação Lingüística?



O estudo da linguagem e gênero está mais para o lado dos estudos sociolingüísticos do que da lingüística aplicada. Estes estudos não são somente de interesses acadêmicos, mas tem implicações párticas fora da academia.
Um modo conhecido como estes modelos de interação relacionados aos gêneros são os programas de treinamento em habilidades comunicacionais. E apesar de ter como alvo ambos os sexos, há uma tendência nestes modelos de “classificar as mulheres”, na pressuposição de que as mulheres tem necessidades de treinamento, diferente e até mesmo, sobre mais pressão.
A autora usa o termo higiene verbal par englobar diversos tipos de atividades associadas com a idéia de que alguns modos de se usar a linguagem são funcional, moral e esteticamente mais preferidos à outros. A autora tentará revisar os principais objetivos desta linha de pesquisa e criticará tanto do seu ponto de vista como lingüista envolvida no estudo da linguagem e gênero como uma feminista engajada na igualdade dos gêneros.


Higiene Verbal para mulheres

Tem havido um grande interesse acadêmico não somente no comportamento atual e verbal de mulheres e homens, mas também nas normas prescritas à eles em textos especialistas e nos textos normativos, de aviso. As mulheres eram instruídas a terem sua fala restrita na esfera doméstica ouvindo mais e se intrometendo menos.
Mas estas instruções tiveram que ser modificadas, quanto várias mulheres engressaram no mercado de trabalho monopolizado por homens , onde houve o ressurgimento do feminismo, que pregava a igualdade de oportunidades.
Na década de 70 surgiu um novo problema: pelo fato da mulher ser muito feminina, suas estratégias comunicacionais eram ineficazes e não tinham a competência seriedade e autoridade necessária.
Tendo isto como base, os programas de treinamento se baseavam na idéia de que mulheres como grupo, não teriam competência e habilidade no mundo comunicativo público e profissional.
Qual seria a base pra se afirmar que as mulheres eram comunicamente incapazes? Será preciso examinar a relação entre a pesquisa acadêmica sobre linguagem e gênero e os programas de treinamento que são oferecidos ou pedidos às mulheres.


Uma racionalidade pra Treinamentos: A linguagem das mulheres como Comunicação Ineficaz

Muitas iniciativa pra comunicação feminina se baseia, como notado pela autora, na pressuposição de que mulheres como grupos tem se socializado para usar um tipo de lingagem que não é maximamente apropriado para contextos públicos e profissionais.Esta pressuposição se baseia em 2 fontes”científicas”: uma é o conceito de”diretividade”e o outro é um estudo recente sobre diferenças de gênero no uso da linguagem, a qual a autora se refere como o “modelo deficitário”

Diretividade

O treinamento em diretividade(AT) ensina estratégias pra necessidades comunicacionais, desejos e sentimento, ajudando os trainees a evitar tanto a passividade e agressão em suas interações com outras pessoas.foi sugerido que o comportamento feminista , fosse responsável pelo tipo de comportamento manipulativo e passivo conhecido como indireto: as mulheres eram socializadas não a lutarem por seus ideais, mas pra desistir deles ou manipulá-los pra conseguir o que eles queriam




Diferenças de gênero na linguagem: o modelo deficitário

A situação de desvantagem da comunicação das mulheres, seguiu o trabalho pioneiro de Robin Lakoff em seu artigo intitulado: Linguagem e Lugar da Mulher (1975). Lakoff formulou 2 estilos de fala: a linguagem neutra( usado por homens e mulheres, algumas vezes) e a linguagem da mulher( uma marca registrada usada por elas).A diferença principal entre elas é que a linguagem das mulheres é menos forçada e direta.. Este estilo de fala foi uma pressão normativa imposta às mulheres e garotas pra serem “mais femininas”e não usar de uma fala”mais grossa”. Entretanto, este estilo era objetivamente inferior à maioria dos propósitos da linguagem neutra. Mulheres que usassem este tipo de linguagem( mais feminina) seriam taxadas de indecisivas e sem autoridade e se evitassem usar a fala “mais feminina”seriam julgadas como “menos femininas” Apesar do estudo de Lakoff ser uma análise feminista( dando ênfase às pressões normativas e nos julgamentos de valores que estão no comportamento feminista, o seu trabalho nunca faz uso do modelo deficitário, no qual o discurso das mulheres é deficiente em fases importantes.Forçados às mulheres por sua posição subordinativa, a linguagem feminina, das mulheres se tornar uma fonte de desvantagens .


Gênero e Generalização

Pesquisas recentes sugerem, que o grau de variação dentre os grupos de gêneros, é tão significante quanto o grau de variação entre eles. Também é sugerido que a variação significante que tem sido encontrada tanto entre e dentro dos grupos de gênero, é associado com os diferentes graus de pedidos feitos pelas mulheres que treinam comunicação, ou homens participantes. As variações resultam não do mero fato da divisão de gênero, mas da associação de um gênero ( ou um subgrupo de um gênero) com um contexto social particular e práticas lingüísticas como “fofoca ou duelo verbal”. A idéia que temos do estilo de fala”ideal” que é o objetivo de um treinamento comunicacional é socialmente questionável.

A Sociolingüística da Diretividade
A indiretividade é usada por razões de polidez.. O estilo recomendado nos manuais de treinamento são peculiares no princípio e distantes do que falantes competentes routinamente produziriam na prática.
De acordo com Brow e Levinson, “polidez” não consiste somente de marcadores como por favor,obrigado, me desculpe, mas é um sistema multidimensional, para conscientizar as faces das pessoas. Muito do que se é dito são atos ameaçadores de face: Pedir que outras pessoas façam o que você não quer fazer, recusar seus pedidos, criticar seus comprtamentos...
O falante direto que diz tudo diretamente e não procura refúgio na polidez para amenizar FTA é sociolinguisticamente incompetente.
Tem sido difundido que há diferentes normas para polidez, e para interação entre homens e mulheres da mesma sociedade.


A política sexual da diretividade: dominância e diferença

Um grande número de estudos conhecidos sobre linguagem e gênero, relatam mulheres em várias comunidades de fala usando mais marcadores de indiretividade e polidez. Brown sugere que as estratégias das mulheres, não implica um grau menor de competência comunicativa: pelo contrário, seus modos de fala são altamente funcionais para a situação na qual estas mulheres se encontram.
O modelo dominante diz que o que é errado é a posição subordinativa da mulher, enquanto que o modelo diferenciado diz que não há nada errado com a estratégia de fala das mulheres per se; o problema está nas atitudes negativas dos estilos de fala femininos ou no potencial de má-interpretaçào que os diferentes gêneros levam a ter.


A questão do androcentrismo no treinamento comunicacional


Muitos dos materiais analisados pela autora são androcentricos, expressam uma preferência pelo comportamento masculino, com uma valorização de tudo o que o homen diz fazer.A categoria da linguagem universal é idêntica à linguagem dos homens, homens são tidos como regras universais.Todos outros princípios de diretividade invocam qualidades que são esterióticamente masculinas. A filosofia do treinamento direto é altamente individualista, tendo como base as necessidades e direitos do falante nele mesmo- mais para a linguagem”eu- eu mesmo”do que para a linguagem “você- nós”.O comportamento direto produz reações diferentes do comportamento não-direto ou passivo.
Os autores explicam a reação negativa das pessoas quanto ao comportamento direto com referencia ao bizarro do comportamento sociolingüístico, notando –se que as estratégias recomendadas violam não somente as normas de polidez mas as máximas do princípio cooperativo que permeiam a conversação em geral.
Aqui a idéia de diretividade é contextualizada para levar em consideração a posição social subordinativa atual da mulher e o grau de risco que está envolvido em ser direto. É reconhecido que o comportamento assertivo não é neutro no que diz respeito ao gênero , mas passa através das normas de gêneros.


Avaliando o Treinamento Comunicacional

Apesar de várias críticas aos treinamentos como serem baseados em modelos inadequados de interação face-a face e no modelo deficitário de diferença entre linguagem e gênero,há um outro poblema a ser levado em conta: a falta de exatidão dos objetivos que muitas organizações tem ao se buscar tipos de treinamentos discutidos no artigo.
A questão se os treinamentos beneficiam que os faz, pode ser posto de diferentes maneiras:
1) auto-avaliação: os quem fazem o curso, realmente se sentem beneficiados?
2) tentativa de verificar os efeitos do treinamento em treinamentos subseqüentes: comparar grupos que fizeram o treinamento com aqueles que não o fizeram
3)examinar o papel exercido no treinamento no discurso e na cultura das instituições, ver se houve mudanças nas atitudes e práticas.



Conclusão

Embora muito ainda precisa ser descoberto sobre os detalhes concretos destas práticas em treinamento comunicacionais, o que tem-se observado é sua multiplicação de sua popularidade na educação e nos negócios, e quem grandes quantidades de dinheiro estão sendo investidos nos cursos, por investidores comerciais.
O que tem que ser levado em conta é que se as habilidades que a lingüística aplicada oferece à criação, investigação e avaliação de programas de ensino de línguas pode ser adaptado para o treinamento comunicacional.
A causa da higiene verbal para mulheres deve nos alertar para reflexões futuras sobre a eterna questão de como a lingüística pode ser melhor empregada no mundo real.

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