Subject: Portugueses querem PR mais activo |
Author:
m. s.
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Date Posted: 27/10/05 16:35:31
In reply to:
José Pacheco Pereira
's message, "Temas presidenciais entre Soares e Cavaco" on 27/10/05 16:34:12
A esmagadora maioria dos portugueses deseja ver em Belém um chefe do Estado mais activo perante o Governo. Com efeito, 81,5% dos inquiridos do Barómetro da Mark-test para o DN e TSF respondem "mais interveniente" à questão "tendo em conta o desempenho dos anteriores presidentes da República, em sua opinião o próximo presidente deveria ser mais ou menos interveniente em relação ao Governo?" Em sentido inverso, uns escassos 3,8% dos inquiridos responderam desejar um presidente "menos interveniente".
É certo que Jorge Sampaio (o actual inquilino de Belém) usou nos dez anos do seu mandato por duas vezes a chamada "bomba atómica" dos poderes presidenciais, a dissolução da Assembleia da República e consequente queda do Governo e convocação de eleições gerais antecipadas. Mas, ainda assim, os números mostram que os portugueses querem mais do seu chefe do Estado.
O assunto ganha nova actualidade pelo facto de os poderes presidenciais se terem tornado um tema desta pré-campanha eleitoral. Em boa parte pelo surgimento de um conjunto de personalidades entre o centro-direita e a direita (Rui Machete e Nuno Morais Sarmento, para citar dois) terem vindo defender o reforço da componente presidencial do nosso sistema político. Eventualmente, através mesmo de uma revisão da Constituição.
Nem por acaso, é entre os inquiridos que se dizem apoiantes e votantes do PSD que o número dos que desejam um presidente mais actuante é mais elevado. É que 92,5% de sociais-democratas alinham por este argumento, contra 73,3% quando se trata dos socialistas.
Tanto Cavaco Silva como Mário Soares já anunciaram, na declaração de candidatura e apresentação do manifesto eleitoral, respectivamente, a sua concordância de princípio com os actuais limites dos poderes presidenciais, tal como estão balizados pela Constituição. Poderes que se mantêm inalterados desde a revisão da lei fundamental levada a cabo pelos deputados em 1982, era então presidente Ramalho Eanes.
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