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Subject: Era uma vez... (uma brincadeira em forma de metáfora) | |
Author: Guilherme Statter |
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Date Posted: 17/02/06 23:42:35 Ou uma moderna parábola a propósito de trabalho "produtivo" e trabalho "improdutivo". Imaginemos – só pela piada, claro – uma equipa de futebol. Essa equipa é suposta tentar ganhar um torneio qualquer. O Mundial 2006, já agora! Os jogadores têm portanto um objectivo: GANHAR!!! Para isso precisam de marcar golos. De maneira que os avançados (e às vezes os médios e até um ou outro defesa "de cabeça", nos pontapés de canto contra o adversário) procuram marcar golos. E quantos mais golos marcarem mais produtivos são. O problema para a nossa metafórica "equação" é que o guarda-redes (que está lá atrás...) não tem quase nunca a oportunidade de marcar golos. A sua função nem é essa. A sua função é só defender, guardar a baliza. Impedir a equipa contrária de marcar golos. Portanto, em princípio, não é um jogador "produtivo". Mas então pergunta-se: um guarda-redes que impede a equipa adversária de marcar quaisquer golos, é ou não é mais produtivo que o colega avançado que falhou um penalti? Por exemplo, os avançados marcaram dois golos – estão a ganhar 2-0. O guarda-redes deixa entrar 3 golos. Os avançados foram produtivos mas a equipa perdeu por causa da produtividade negativa do guarda-redes. Ou então, os avançados não conseguem marcar nenhum golo. A equipa pode perder, mas o guarda-redes defende um pénalti no último minuto. Pela negação da vitória ao adversário este guarda-redes produziu um ponto para a sua própria equipa. Agora pergunta-se: Mas que é que esta chachada tem a ver com as sagradas escrituras do Santíssimo Profeta São Carlos de Tiers?. Tudo... Mas, atenção. Sendo a equipa de futebol um todo orgânico e funcional, em rigor, em rigor, (em verdade, em verdade vos digo...) o guarda-redes é um jogador tão produtivo como os outros. E, já agora, qual o papel do treinador?... Bom, a respeito do papel ("produtivo" ou "improdutivo") do treinador, as sagradas escrituras são de uma parcimónia compreensível. Muito em particular se atendermos ao facto de que aquando da vinda do Santíssimo Profeta, ainda as classes trabalhadoras não andavam nessa alienação dos estádios de futebol (ou das transmissões televisivas). Vêm lá – nas escrituras – umas breves referências aos engenheiros fabris (que seriam tão assalariados como os operários) mas os hermeneutas (mesmo socorrendo-se dos trabalhos de alguns arqueólogos e grafologistas) de diversas orientações ideológicas discutem vivamente se o Santíssimo Profeta se dava conta, ou não, do papel crucial que os "treinadores" viriam a desempenhar na produtividade das "equipas de futebol". E nas respectivas apropriações de "mais-valias". Mas isso já será outra estória. Para contar aos meus netos quando isso tiver de suceder. [ Next Thread | Previous Thread | Next Message | Previous Message ] |