VoyForums
[ Show ]
Support VoyForums
[ Shrink ]
VoyForums Announcement: Programming and providing support for this service has been a labor of love since 1997. We are one of the few services online who values our users' privacy, and have never sold your information. We have even fought hard to defend your privacy in legal cases; however, we've done it with almost no financial support -- paying out of pocket to continue providing the service. Due to the issues imposed on us by advertisers, we also stopped hosting most ads on the forums many years ago. We hope you appreciate our efforts.

Show your support by donating any amount. (Note: We are still technically a for-profit company, so your contribution is not tax-deductible.) PayPal Acct: Feedback:

Donate to VoyForums (PayPal):

23/11/24 19:55:07Login ] [ Contact Forum Admin ] [ Main index ] [ Post a new message ] [ Search | Check update time | Archives: 12345678 ]
Subject: Voscência não se envergonhe das piruetas.Pior é persistir nos meandros da fé!Mais um ateu?


Author:
vou ali volto já
[ Next Thread | Previous Thread | Next Message | Previous Message ]
Date Posted: 18/11/06 18:58:47
In reply to: Guilherme Statter 's message, "7 + 8 - A exploração e as hipóteses de revolução..." on 18/11/06 0:09:20

>
>7. A exploração faz parte intrínseca do capitalismo
>enquanto sistema económico, aumentando assim as
>hipóteses da revolução.
>8. A estrutura de classes torna-se cada vez mais
>antagónica ou polarizada, aumentando assim as
>hipóteses da revolução.
>

>Junto aqui estas duas "teses" ou "ideias do
>Inventário" pelo facto de terem em comum a questão das
>"hipóteses da revolução"
>Em primeiro lugar, de facto, a exploração faz parte
>intrínseca do capitalismo
, embora como já foi
>assinalado em relação a outras características, não
>seja – a exploração – característica exclusiva
>do capitalismo.
>Não cabe aqui fazer a demonstração desta asserção.
>Em segundo lugar, se considerarmos o problema à escala
>da economia mundial globalizada, de facto a estrutura
>de "classes" tem-se vindo a polarizar cada vez mais.
>Mas atenção, utiliza-se aqui a palavra "classe" num
>sentido MUITO lato na medida em que quando se pensa
>nas centenas de milhões de seres humanos (potenciais
>trabalhadores...) que estão "à margem" do sistema (em
>África, na Ásia do Sul, na América Latina), torna-se
>(MUITO) difícil perspectivá-los como uma "classe", no
>sentido ortodoxo ou original do termo. Nem sequer como
>parte do chamado "lumpen proletariat"... São
>simplesmente "excedentários". De um ponto de vista do
>capitalismo, "não produzem", "nem consomem" (passe o
>exagero... se é que o há!).
>E no entanto são o resultado directo e imediato da
>lógica de funcionamento do sistema capitalista. Por
>isso não é aceitável – lógica e eticamente – que se
>considerem como "marginalizados" face ao processo de
>globalização, como pretendem os autores da chamada
>"linha principal".
>No entanto – e no que diz respeito à asserção comum a
>estas duas "teses" ("aumentando assim as hipóteses
>da revolução"
) é importante fazer uma série de
>observações críticas.
>Mais uma vez temos aqui o problema de ter que se
>definir antecipadamente qual o âmbito "geográfico" ou
>"unidade de análise" que é relevante: se cada país (ou
>estado nacional) se o sistema na sua globalidade
>planetária.
>Mas mesmo, se pusermos temporariamente essa questão de
>lado, um outro problema mais fundamental se coloca:
>o da relação(causa e efeito...) entre o
>processo de exploração e a eventualidade da
>revolução
.
>Uma primeira observação que é quase uma banalidade
>histórica é o facto de que ao longo dos milénios não
>têm sido os "explorados" quem tem feito as revoluções.
>Os explorados o que têm feito são revoltas. O
>que é profundamente diferente. No Império Romano
>tivemos o caso da revolta dos escravos comandados por
>Spartacus. Na Idade Média, mais concretamente ao longo
>do século XIV (mas também mais tarde), tivemos as
>revoltas de camponeses (as "jacqueries"...)
>Quem veio a fazer as revoluções nos alvores da Europa
>Moderna não foram os explorados, foram os burgueses.
>Por outras palavras, nada na História deveria
>permitir a Marx e Engels tirarem a conclusão de que
>seriam os "operários industriais" que viriam a ser os
>novos agentes ou actores sociais da "Revolução
>Socialista".

>Voltando entretanto à questão da "unidade de análise"
>ou "âmbito de aplicação" (da "tese"... âmbito
>"nacional" ou mundial"), é um facto insofismável para
>quem queira observar o mundo que havendo um agravar
>relativo (e em muito casos absoluto) das condições de
>vida de grandes e crescentes massas de "trabalhadores"
>(em rigor "excedentários"...), é também verdade que
>aumentam as hipóteses de revolta, mas não
>necessariamente de "revolução". Em
>qualquer caso os meios de comunicação trazem-nos
>noticia, hora a hora, do aumento da chamada "anomia
>social" um pouco por todo o mundo.
>Ou seja, creio que se pode afirmar com alguma
>segurança que historicamente não se tem verificado
>qualquer relação significativa entre a causa
>"processo de exploração" e o efeito
>"hipótese de revolução".
>Nisto Marx e Engels parece que se enganaram. Em
>particular ao identificarem como "agentes da
>revolução" uma particular classe de explorados, os
>"trabalhadores assalariados".

[ Next Thread | Previous Thread | Next Message | Previous Message ]

Replies:
Subject Author Date
Duas observaçõesFernando Penim Redondo18/11/06 20:10:50
    Re: Duas observações - mais uns esclarecimentos...Guilherme Statter18/11/06 23:32:52


    Post a message:
    This forum requires an account to post.
    [ Create Account ]
    [ Login ]
    [ Contact Forum Admin ]


    Forum timezone: GMT+0
    VF Version: 3.00b, ConfDB:
    Before posting please read our privacy policy.
    VoyForums(tm) is a Free Service from Voyager Info-Systems.
    Copyright © 1998-2019 Voyager Info-Systems. All Rights Reserved.