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Subject: Apoio à natalidade!!!!! | |
Author: Rosa Redondo |
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Date Posted: 22/07/07 20:09:00 As medidas de apoio à natalidade que o governo anunciou enquadram-se no modelo do politicamente correcto ou seja, preocupam-se com os “mais desfavorecidos” e não conduzem a nenhum resultado prático positivo. Alguém, com honestidade de raciocínio, poderá defender que o aumento durante 3 anos de 10 ou 20 euros no abono de família levará as pessoas, conscientes das responsabilidades de todo o tipo que criar uma criança acarreta, a ter mais filhos? O numero de crianças caiu sobretudo nas famílias da classe média. Nas camadas sociais mais pobres e incultas as dificuldades práticas e a inconsciência dessas tais responsabilidades mantém a natalidade a níveis mais altos; como muitas vezes se ouve dizer: “onde comem três, comem quatro”. Citando José Manuel Fernandes no PUBLICO: “O Estado pode e deve ajudar a criar condições mais favoráveis às famílias que desejam ter filhos. Elas passam muito por tornar mais fácil a conciliação entre o trabalho e a vida familiar.(...) Isso vai desde a organização dos espaços urbanos, até medidas para haver creches bem distribuídas e de boa qualidade. Quando se acrescenta às horas passadas nos empregos as muitas horas gastas a percorrer os caminhos entre a casa, a escola ou escolas e o local de trabalho numa grande metrópole, é fácil perceber como pode ser um inferno o quotidiano duma família remediada dos subúrbios.” Os incentivos financeiros deveriam passar não por uma “esmola” (chame-se ela embora “abono de família”) mas por reduções ao nível do IRS que contemplassem não só o custo efectivo de berçários e escolas mas também a necessidade de contratar auxiliares domésticas, e a diminuição de rendimento pela decisão de trabalhar em part-time ou de dedicar 3 ou 4 anos ao acompanhamento dos filhos. E já agora a propósito de medidas relacionadas com o trabalho, é essencial que elas não sejam feitas à custa das empresas e não acabem por se virar contra as mulheres que supostamente beneficiariam. Mais uma vez citando J. M. Fernandes: “Nenhuma lei laboral impedirá só por si que a gravidez prejudique uma carreira profissional, mas há países onde a partilha do tempo de licença entre o pai e a mãe não é facultativo, antes obrigatório, o que diminui a desigualdade. Mas se a lei laboral e fiscal estimulasse o trabalho em part-time aumentariam as condições para muitas mulheres... e muitos homens terem tempo para a profissão e para os filhos.” Enquanto os Governos teimarem em não ver porque é que os cidadãos produtivos deste país não produzem também mais filhos, a tendência não irá inverter-se. E medidas como as anunciadas não irão senão aumentar a despesa publica (que nós pagamos). Correndo ainda o risco de, tal como já acontece nalguns países da Europa, criar um novo modo de subsistência: “fazedor de filhos” . Um certo numero de crianças já dá um montante de abono que, acrescentado ao subsídio de inserção (o rendimento mínimo garantido) e mais um ou outro apoio, já dá para viver em conjunto com uns biscates. E assim como assim, haverá sempre uma qualquer comissão de apoio a menores em risco para se ocupar dos miúdos, não é verdade? [ Next Thread | Previous Thread | Next Message | Previous Message ] |
Subject | Author | Date |
è Natal | P.M. | 23/07/07 10:49:52 |
Re: Apoio à natalidade!!!!! | Paulo Silva | 24/07/07 12:59:49 |
Crescei e multiplicai-vos | Inês Pedrosa | 29/07/07 17:07:59 |
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SEXO EM DEMOCRACIA (3) | João Miranda (DN, 11.08.2007) | 12/08/07 9:57:08 |