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Subject: Não se trata de Drucker | |
Author: Fernando Penim Redondo |
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Date Posted: 31/03/07 22:20:42 In reply to: Jorge Nascimento Rodrigues 's message, "A questão de Marx" on 31/03/07 21:28:22 Caro Jorge, A sua intervenção é bastante rica acerca do Drucker mas, como sabe, o meu texto não se destinava a criticar os livros do Drucker mas sim o livro do Quesado. Embora eu admire Drucker discordo dele em vários pontos a saber: - Ele considera que o conhecimento é uma categoria económica independente e eu penso que conhecimento e trabalho são uma e a mesma categoria - Não confundo trabalho e trabalho assalariado pois não são a mesma coisa - Não gosto muito do conceito "trabalhadores do conhecimento", embora a perceba, pois prefiro a ideia de que todos os trabalhadores, em graus diferentes, aplicam conhecimento. As noções de trabalho e de conhecimento necessitam aliás de muita reflexão pois a maior parte dos autores ainda confunde por exempo conhecimento e informação. Penso que no meu livro deixei estas ideias bastantes claras. Voltando ao livro do Quesado. Eu embirro um bocado com a formula "Novo Capital" porque penso que o que está a acontecer é sim o surgimento de um "Novo Trabalho", não repetitivo, criativo, etc, etc. A expressão "Novo Capital" encerra também uma opção ideológica e, implicitamente, propõe a perpetuação da sociedade capitalista sob novas roupagens. Neste contexto as frases bombásticas como "Tudo será diferente" são óbviamente equívocas porque aqueles que as dizem afinal querem continuar a organizar a economia à volta das empresas que são "velhas" entidades surgidas no dealbar do capitalismo. Também não gosto de pegar nestas questões pelo lado da propriedade como faz o Toffler no seu último livro (2006). Digamos que eu considero, e escrevi em 2003, que a propriedade é apenas um pretexto, uma justificação, para o estabelecimento de relações de produção parasitárias. Ao nível das relações de produção é que se estão a dar as grandes transformações e o resto virá por acréscimo. O que me levou desagradou neste livro do Quesado foi ele ter aflorado, levianamente, uma questão que tanto me tem dado que pensar desde pelo menos 1990. Constato, embora já o devesse saber, que todo o trabalho muito mais profundo que eu penso ter feito nunca conseguirá ter a visibilidade merecida só porque eu não pertenço a determinados "clubes". Confrange-me que tantas pessoas influentes continuem apenas a papaguear os gurus do momento, sem uma reflexão própria e sem lhes acrescentar nada. Como todos sabemos aqueles que só copiam e não inovam nunca passam da cepa torta. [ Next Thread | Previous Thread | Next Message | Previous Message ] |
Subject | Author | Date |
Metendo a colherada - Já agora... | Guilherme Statter | 1/04/07 2:10:30 |
Re: Não se trata de Drucker | Jorge Nascimento Rodrigues | 1/04/07 9:55:31 |