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| Subject: O humanismo não é ciência, é religião... E depois? What's new? | |
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Author: Guilherme Statter |
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Date Posted: 11/02/07 23:41:48 In reply to: John Gray 's message, "O humanismo não é ciência, é religião" on 11/02/07 14:45:55 Este sr. John Gray é o mesmo que aqui há uns anos escreveu um artigo titulado "A segunda morte de Kemal Ataturk", onde antecipava (para daí a pouco tempo) o holocausto da laicidade na Turquia. Só porque tinha havido mais uns atentados dos "lobos cinzentos" ou algo de parecido. Peguemos só em algumas "pérolas": A ideia de progresso assenta na crença de que o crescimento do conhecimento e a evolução das espécies andam juntos - senão hoje, pelo menos a longo prazo O sr. Gray decreta que "os outros" (os que "acreditam" no progresso...) pensam ou afirmam que o ritmo (ou velocidade a que se processam os fenómenos) da evolução da espécie humana e o crescimento do conhecimento por parte da sociedade, que ess ritmo é o mesmo, não nos diz quem é o filósofo, biologo ou historiador das ciências que defebde essa esdruxula ideia, mas não se coibide de botar palpite criticando uma tal ideia. Tanto quanto eu saiba, os paleobiologos e arquelogos são de opinião (pensam, "acreditam"...) que a espécie humana está razoavelmente estabilizada na sua evolução biológica (no sentido em que seremos compatíveis biologicamente com os seres humanos que migraram de África para o resto do planeta aqui há uns 40.000 anos). Ou seja, o ritmo de evolução é aí extremamente lento. Entretanto a invenção do zero e do numero imaginário, não é progresso. A ideia de progresso é uma versão secular da crença cristã na Providência. Por isso era ignorada entre os pagãos da Antiguidade. Dever ser por isso, por a ideia de progresso ser ignorada entre os pagãos da Antiguidade, quer quer os "Gregos", quer os "Egipcios", quer os "Chineses", quer (é só colocar aí o nome de uma qualquer civilização da "antiguidade pagã"...) considerava como "barbaros" ou "selvagens" todos os povos que não tivessem atingido o mesmo grau de "progresso"... A boa política é uma ideia gasta e improvisada, mas, no começo do século XXI, o mundo está atulhado das ruínas grandiosas de utopias falhadas. De tão atulhado a gente nem se pode mexer... Mas sempre se vão encontrando algumas ruínas de sociedade isoladas e que "colapsaram". E até há quem vá aprendendo com esses colapsos. Quanto à "utopia falhada" do Socialismo, a posição do sr. Gray é típica dos pós-modernistas e apressados que querem tudo já. JÁ!!!... Se não for JÁ, não conta. mas nenhum projecto político pode libertar a humanidade da sua condição natural E qual é essa condição natural??? Mistério. Em resumo e conclusão, o nihilismo é uma coisa velha (já havia disso na Grécia Antiga) e o progresso é uma chatice. as entretanto vão-se publicando uns livros, dando-os a conhecer a meio mundo (via uma coisa chamada Internet) e o canibalismo parece que está mesmo "fora de moda". [ Next Thread | Previous Thread | Next Message | Previous Message ] |