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Date Posted: 12:49:02 07/10/10 Sat
Author: Deivison Carvalho
Subject: BARCELOS. Narrativas, crenças e experiências de aprender inglês.

Em sua pesquisa, Barcelos utiliza um corpus de narrativas, escritas por alunos dos cursos de Letras e Secretariado Executivo, visando investigar a relação entre as experiências e as crenças dos participantes a respeito dos locais onde se aprende línguas. A autora apresenta os caminhos balizados pela pesquisa narrativa, expõe a afinidade entre a investigação do pensamento e experiências de professores e a pesquisa de suas crenças. Para isso, define as narrativas como: histórias contadas pelo ser humano com objetivo de estabelecer referenciais para a reflexão e reconstrução de percepções e experiências, tais como interação e adaptação dos indivíduos a seus ambientes. E define, ainda, crenças como “uma forma de pensamento, como construções da realidade, maneiras de ver e perceber o mundo e seus fenômenos, co-construídas em nossas experiências resultantes de um processo interativo de interpretação e (re)significação”, sendo hipóteses que podem levar os indivíduos a empreender (ou não) mudanças em suas ações.
A autora caracteriza as crenças como sendo “sociais (mas também individuais), dinâmicas, contextuais e paradoxais” (p. 151). Conclui que as narrativas são apropriadas à investigação das crenças, uma vez que trazem consigo atitudes e crenças dos participantes, auxiliando ao interpretar o mundo e a dar sentido aos fatos. Ela analisou um total de 53 narrativas que revelaram dois temas principais: (a) distância entre as experiências de aprendizagem vivenciadas na escola pública e no curso de idiomas e (b) influência dessas experiências nas crenças dos alunos sobre aprendizagem de línguas.
No geral, averiguou que a Escola Pública e os Cursos de Idiomas são lugares antagônicos, pois a escola pública não fornece condições favoráveis à aprendizagem de línguas. Segundo os participantes, problemas pedagógicos, falta de motivação, a falta do uso real da língua-alvo e de competência dos professores são os pontos desfavoráveis. Já os Cursos de Idiomas são vistos como investimento necessário e bom, pois permitiriam a aprendizagem e a competência de seus professores não é quesito de dúvida.
No tocante à continuidade, as crenças apresentadas pelos participantes moldam suas atitudes na universidade, pois vêem o quão difícil é aprender uma língua em contexto universitário e se sentem prejudicados por não terem freqüentado um curso de idiomas. Barcelos ressalta que isso ocorre não por desinteresse ou por falta de motivação, mas por ocuparem a posição de “alguém que estudou em um lugar que nossa sociedade acredita não ter competência para tal”. Não poder pagar por um curso é um estigma e confirma as crenças aferidas de que não se aprende línguas na escola pública e de que os cursos de idiomas são os locais ideais para aprender línguas.
A autora termina com as implicações dos resultados da pesquisa. Para os professores, há a possibilidade de usar as narrativas de seus alunos a fim de conhecer suas crenças e experiências anteriores; já os alunos, podem refletir sobre suas próprias experiências ao ler as histórias de seus colegas, o que seria uma aprendizagem reflexiva; e os pesquisadores podem mostrar aos alunos o resultado da análise de suas narrativas, buscando incorporar ao trabalho investigativo a visão do participante, tornando a pesquisa mais socializada.

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