A C�pula Mundial da Sociedade da Informa��o em Genebra apresenta propostas para inclus�o digital dos pa�ses pobres, que reivindicavam a cria��o de um fundo de solidariedade digital para a populariza��o da Internet e instala��o de Telecentros no Terceiro Mundo. -- Projeto de Pesquisa

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Date Posted: 12:41:32 12/11/03 Thu
Author: Lucia
Subject: A C�pula Mundial da Sociedade da Informa��o em Genebra apresenta propostas para inclus�o digital dos pa�ses pobres, que reivindicavam a cria��o de um fundo de solidariedade digital para a populariza��o da Internet e instala��o de Telecentros no Terceiro Mundo.

A C�pula Mundial da Sociedade da Informa��o em Genebra come�a nesta quarta-feira com um revez para os pa�ses pobres, que reivindicavam a cria��o de um fundo de solidariedade digital para a populariza��o da internet e instala��o de telecentros no Terceiro Mundo. O esbo�o da Carta de Princ�pios, a ser assinada pelos pa�ses
membros da ONU na sexta-feira, n�o prev� verbas para a inclus�o digital.

O documento defende apenas a implementa��o de uma agenda de solidariedade que examine a��es para promover o acesso generalizado ao computador. �S�o negocia��es bastante dif�ceis porque, dentro desse campo, h� grandes interesses�, explica a ministra Marilia Sardemberg Zelner Goncalves, diretora do Departamento de Temas Cient�ficos e Tecnol�gicos do Itamaraty.

Ela participou, em Genebra, da �ltima reuni�o preparat�ria da c�pula, dias 5 e 6 de dezembro. "Queira ou n�o, o mundo vai acabar se informatizando", observa a ministra, "e os pa�ses produtores de tecnologia v�o ficar ainda mais ricos, enquanto os pobres ter�o de pagar pelo acesso aos benef�cios da nova sociedade da informac�o".

A representante brasileira mostrou-se, no entanto, satisfeita com o resultado inicial do debate sobre a sociedade da informa��o, que ter� prosseguimento na Tun�sia em 2005. �Foi inclu�do na Carta de Princ�pios que a governan�a da internet deve ser multilateral, transparente e democr�tica�, comemora a ministra. Para ela, o enunciado representa um avan�o pol�tico e permitir� a��es concretas.

Atualmente, a rede mundial de computadores � gerenciada pela "Internet Corporation for Assigned Names and Numbers" (Icann), �rg�o semi-privado criado pelo governo norte-americano em 1998. O Icann supervisiona grandes dom�nios da rede como o �com� e o �net� e ajuda a estabelecer os padr�es t�cnicos de opera��o da internet.

O Brasil e outros pa�ses de peso no mundo em desenvolvimento, como China, �ndia e �frica do Sul, querem maior participa��o da ONU na regulamenta��o da Internet. Mas EUA, Jap�o - outros paises tecnologicamente poderosos - e as empresas de informatica se op�em � entrega do controle da Internet a um org�o da ONU. Eles temem que isso confira a governos e pol�ticos um peso maior nas decis�es envolvendo a internet, o que poderia prejudicar, segundo eles, o livre fluxo de informa��es.

Outro aspecto positivo da Carta de Princ�pios, segundo a ministra do Itamaraty, � o fato de as delegacoes terem reconhecido o computador como uma ferramenta para o desenvolvimento humano e n�o um neg�cio. Mar�lia tamb�m considera importante o fato de a carta defender a prote��o ao direito intelectual do material divulgado na Internet.

Uma das grande reivindica��es das organiza��es n�o-governamentais foi, no entanto, ignorada: o �direito � comunica��o�. Os delegados concordaram apenas em reafirmar o �direito � informa��o�. A Associacao Brasileira de Emissoras de R�dio e TV (Abert) foi um dos grupos que fez forte lobby contra o reconhecimento do "direito � comunica��o", que est� na base das concess�es de canais de r�dio e TV comunit�rios.

Fonte:http://www.radiobras.gov.br/materia.phtml?materia=165038&editoria=&q=1

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