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Date Posted: 12:36:10 01/07/04 Wed
Author: Lucia
Subject: O Projeto Telecentros, da Prefeitura Municipal de São Paulo, chega ao final de 2003 com sensação de dever cumprido.

O Projeto Telecentros, da Prefeitura Municipal de São Paulo, chega ao final de 2003 com sensação de dever cumprido. A meta de colocar 107 unidades em funcionamento foi alcançada e a perspectiva, agora, é de ampliação do projeto no próximo ano, com a abertura de 60 novas unidades e a implementação de uma agência de notícias – inicialmente em dez telecentros, mas com o objetivo de envolver todos os demais até dezembro.

Espalhados por todas as regiões metropolitanas do município, os telecentros são localizados de acordo com o Índice de Desenvolvimento Humano, privilegiando as regiões de pior qualidade de vida e maior carência de serviços públicos. Os espaços contam com dez a vinte computadores conectados à Internet em banda larga e equipados com software livre. Os telecentros oferecem cursos de informática básica e oficinas e o acesso aos equipamentos é livre: é possível navegar, pesquisar, ler, escrever documentos, enviar mensagens, participar de bate-papos ou jogos.

Nesta entrevista, Beá Tibiriçá, coordenadora do Programa Governo Eletrônico, fala sobre a evolução do projeto, seus resultados e expectativas e afasta a possibilidade de um retrocesso no caso de uma mudança de governo. “As comunidades já se apropriaram desses espaços. Se alguém tentar retroceder a ponto de pensar em retirar esses equipamentos, terá de enfrentar uma oposição muito forte”.

Que análise se pode fazer do desenvolvimento do Projeto Telecentros e dos seus resultados em 2003?

Beá Tibiriçá – A nossa percepção é de que o projeto conseguiu se consolidar. Estamos cumprindo a nossa meta de abrir 107 telecentros até o fim do ano e, agora, nos preparamos para uma nova ampliação a partir de 2004. Isso significa capacitação de novos funcionários e novos multiplicadores, em parceria com a Rits, a realização de novas oficinas e o desenvolvimento da agência de notícias dos telecentros. Além de tudo isso, a gente espera o crescimento do projeto em nível nacional e internacional.

Quando a agência de notícias estará implementada?

Beá Tibiriçá – Na verdade, ela já começou, mas deverá iniciar suas atividades a pleno vapor a partir de abril. A agência pega, inicialmente, dez telecentros de todas as regiões, mas a nossa idéia é replicar a experiência para todos os telecentros no decorrer de 2004.

Você se referiu à ampliação do projeto. Quais são as expectativas?

Beá Tibiriçá – Estamos nos programando para conseguir parcerias e verbas para viabilizar mais 60 telecentros em 2004. A gente está em fase de negociações para tentar obter essas verbas. No nosso ponto de vista, o poder público tem o dever de garantir a manutenção e a permanência dos equipamentos, bem como a amplitude do projeto. Isso tem que ser tratado como política pública. Não significa, porém, que a gente não tenha de articular parcerias com a sociedade civil e com o setor privado para que o projeto possa ter o tamanho que tem hoje.

Temos uma demanda em São Paulo por aproximadamente mil telecentros. Existem 3 milhões de pessoas que não têm nenhum acesso a máquinas, nem mesmo a caixa eletrônico. E hoje temos 10% desse total – 300 mil pessoas – cadastradas nos telecentros.

Qual tem sido a resposta dos usuários e das comunidades?

Beá Tibiriçá – Os usuários, em geral, acabam se tornando usuários permanentes das unidades. Todos têm acesso a correio eletrônico e internet. Além desses, outros se dirigem aos telecentros apenas para uso da Internet com os mais diversos fins, como participação em listas de discussão, envio de currículos, discussão de projetos... A partir daí, diversas outras atividades passam a acontecer fora do espaço dos telecentros propriamente dito. Eles começam a se envolver em projetos de ecologia, na programação cultural e tudo o mais.

As eleições municipais estão se aproximando. Existe algum receio em relação à continuidade dos telecentros?

Beá Tibiriçá – Existem dois pontos básicos, além do tratamento desse projeto como política pública: um é o uso do software livre – por seu baixo custo, pela economia que ele representa em termos de manutenção e custo de equipamentos. O outro é o envolvimento com a comunidade. Os telecentros têm os seus próprios conselhos gestores locais. Então as comunidades se apropriam desses equipamentos, desses espaços. Se alguém tentar retroceder a ponto de pensar em retirar esses equipamentos, terá de enfrentar uma oposição muito forte.

Seriam, então, esses os eixos principais do projeto?

Beá Tibiriçá – Eu destacaria esses três pontos como fundamentais: o tratamento da inclusão digital como política pública, o uso do software livre como possibilidade de prestação de serviços a baixo custo e o envolvimento da comunidade.


Fonte:http://www.cidadania.org.br/conteudo.asp?conteudo_id=2856&secao_id=94

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