Subject: Federação Internacional dos Jornalistas Apela a Intervenção do PR no Futuro da RTP |
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Público 1/6/2002
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Date Posted: 03:07:53 06/02/02 Sun
A Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ) apelou ao Presidente da República, Jorge Sampaio, para que intervenha no futuro da RTP, considerando o serviço público de televisão "crucial" para o desenvolvimento da democracia em Portugal e defendendo um serviço público com dois canais.
A carta é datada do passado dia 28, mas foi conhecida apenas ontem, no dia em que Jorge Sampaio pediu ao Tribunal Constitucional a fiscalização do diploma que altera a Lei da televisão, retirando ao Conselho de Opinião da RTP o poder de veto sobre a administração nomeada (ver página 8).
A FIJ declara-se "muito preocupada" com as propostas governamentais para reforma da empresa, feitas "muito depressa e sem o debate público adequado".
De acordo com a maior organização internacional de jornalistas, seria importante que se mantivessem os dois canais da televisão pública (RTP1 e RTP2). Por outro lado, a FIJ considera "francamente inaceitável" - lê-se na carta - responsabilizar os trabalhadores pela actual crise financeira e, "nessa base, propor a dissolução da empresa".
Declarando-se preocupada "com todo o processo", a FIJ sublinha que o mesmo diz respeito a um "aspecto fundamental da democracia portuguesa" e que parece ter sido iniciado "sem qualquer respeito pela necessidade de um diálogo político e social".
A organização representativa dos jornalistas defende "a urgência" de um debate com os trabalhadores da RTP, e solicita ao governo português que promova uma discussão parlamentar sobre este dossier, na qual se analise, nomeadamente, o futuro económico da empresa.
A missiva termina apelando à intervenção do PR e realçando que, na perspectiva da FIJ, a situação em curso "ameaça a sobrevivência de um serviço público de televisão independente e de qualidade", o que poderá lesar aquele que é "um instrumento crucial para o desenvolvimento da democracia em Portugal".
Assinada pelo secretário-geral da organização, Aidan White, a carta foi enviada com conhecimento ao primeiro-ministro, Durão Barroso, ao ministro da Presidência, Morais Sarmento, e ao presidente da Assembleia da República, Mota Amaral
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