| Subject: estado anterior é o chamado «estado social» originado no «newdeal» |
Author:
paulo fidalgo
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Date Posted: 2/07/05 16:40:50
In reply to:
João Luís
's message, "E já agora pode trocar por miúdos a sua última frase..." on 1/07/05 18:22:12
o defensismo do Estado Providência, que vigorou nos EUA com o new deal e na Europa do pós-guerra, e a não consideração de uma efectiva linha de transição - para o socialismo - são opções substancialmente contraditórias.
Uma é voltar a algo que nem os próprios, AS e outros, nem sequer explicam o que é. O que se quer preservar ou voltar a? Ao SNS sob direcção burocrático-administrativa? Ao sistema de ensino que a burguesia tem administrado com imensos buracos?
Parece-me muito mais importante, para ganhar apoios, definir o que se quer para o futuro.
Aliás, a valorização do chamado Estado providência, como o resultado apenas de uma vitória das forças dos trabalhadores, e como embrião de socialismo, é muito limitador.
O Estado providência foi igualmente útil para o desenvolvimento capitalista.
E também é exagerado que o capitalismo queira voltar ao capitalismo da revolução industrial do século XIX.
Ao «estado liberal».
Haverá ideólogos burgueses que o possam pensar.
O que mostra porém a situação na OCDE e em Portugal é que o Estado continua a crescer. E isso obviamente não significa que tenham aumentado a não ser indirectamente as hipóteses do socialismo.
Apesar dos esforços para o conter em limites estreitos.
Os capitalistas querem remodelar o Estado, porque querem mais capitalismo e mais subordinação à sua conveniência. Mas querem um estado sob seu estrito controlo. Querem que os hospitais não se afastem, aqueles que consideram vantajoso manter públicos para assegurar a manutenção da mão de obra necessária ao funcionamento do capitalismo, não se afastem daquilo que consideram a sua missão em capitalismo: dar os cuidados mínimos que reduzam as perdas industriais por doença. Se os hospitais se pôem a dar mais direitos, a criar um estado de bem estar social, como preconiza a OMS, isso o capitalista já não quer e nunca quis mesmo no tempo do Estado providÊncia.
A posição do AS é ambígua porque parece desejar que o programa político dos trabalhadores seja o de se voltar ao Estado Providência, meramente. Ora, o socialismo ou qualquer entidade intermédia porque se lute, nunca poderá se confundir com o anterior estado de coisas, nem obviamente com o actual.
Com Penim Redondo, eu concordo que a posição de AS é completamente encostada a um ponto e vista social democrata. Social-democracia que é um dos agentes privilegiados do Estado providência e do chamado modelo social europeu. A social democracia logo que possa e o permita a crise económica em que estamos concordará em voltar a um «new deal». Os comunistas querem muito mais do que isso
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